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Particularmente sempre gostei de histórias sobre guerras e os desdobramentos disso na sociedade. Não que eu goste de guerras, claro que não sou louca, apenas gosto de estudar e entender o que acontece em volta desse cenário. E uma das coisas que mais me intrigam nesse contexto é a 2ª Guerra Mundial, que, como todo mundo sabe, matou muita gente por causa de uma ideia ridícula de superioridade de uma raça e que atingiu, inclusive, o Japão com duas bombas nucleares.

E é exatamente disso que fala o mangá Hiroshima – a cidade da calmaria, de Fumiyo Kouno, que foi lançado pela JBC em um volume único. A edição conta com 3 histórias, uma espécie de contos, que se complementam e estão diretamente relacionados ao lançamento da bomba em Hiroshima em 06 de agosto de 1945. O mangá conta a trajetória de Minami Hirano e Nanani Ishikawa, duas jovens que vivem em cidades e tempos diferentes, mas que têm uma característica em comum: suas vidas foram afetadas e sofreram os efeitos do fim da guerra e a radioatividade da bomba.

Na primeira história, conhecemos Minami, uma moça de meia idade, que trabalha em um escritório e mora em um local precário da cidade e cuja vida é cercada por marcas da guerra: ela tem queimaduras, seu pai e sua irmã foram mortos e seu irmão mora longe como consequência das atividades radioativas. Por se sentir culpada por não ter feito nada pelas pessoas que viu sofrendo no dia do lançamento da bomba, Minami não consegue se sentir feliz sem lembrar todo o sofrimento.

Nas duas histórias seguintes, somos apresentados a Nanani, em duas fases diferentes de sua vida: criança e adulta. Ela vive com seu pai, irmão e avó e tem uma grande amiga que é sua vizinha. Sua família foi afetada pela bomba também e ela tem receio de visitar Hiroshima, por se lembrar de fatores complicados.

Assim como as personagens do mangá, a autora diz que cresceu em Hiroshima e procura evitar conversar sobre o assunto da bomba atômica. Principalmente porque as pessoas não entendem a dimensão do que foi o acontecimento na vida dos japoneses da época e que carrecagaram sequelas por muito tempo. É claro que sabemos que Hiroshima foi reconstruída e que o Japão superou com muito trabalho esses percalços. Mas, para quem viveu aquela época, perdeu pessoas queridas ou foi afetado de alguma forma pela radioatividade, a tragédia deve ser marcante e bem complicado. Por isso, essa obra é uma ótima visão de tudo e uma leitura bem bonita. Conheçam!

 

Corram para os links!

Não temos o mangá online, mas é um volume só, vai. haha

 

No Brasil, o mangá foi lançado pela Editora JBC.

Hiroshima - A cidade da calmaria

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