Nijigahara Holograph

O passado, o presente e o futuro dos personagens se cruzam constantemente em um lugar, atrás de uma escola, chamado Nijigahara, o japonês para "campo do arco-íris". "Todo ser humano vivo tem algum papel a desempenhar. Nós só não estamos cientes disso."
O mangá é do mesmo autor de Solanin, Inio Asano, que mais uma vez nos faz viajar por temas delicados, como o bullying, o abuso sexual e as relações de poder. A história vai e volta no tempo, mostrando o que aconteceu com personagens de uma escola, envoltos em situações complicadas e conhecidas de todos na cidade, como uma menina que vive um trauma e assusta os colegas de turma, ou um menino que quer fazer justiça com as próprias mãos em todos os casos que não concorda.
Com uma arte impecável, o autor consegue tocar fundo na nossa alma e nos faz enxergar os monstros que existem em cada um de nós.
Devorei o mangá em uma sentada. Comecei sem entender nada e só lá pelo capítulo 4 comecei a fazer conexões entre os passados e presentes dos personagens. A transição para o futuro, o surto de borboletas pela cidade e especialmente a última página me fizeram arrepiar.
Não é uma obra óbvia, não é fácil de entender e até agora não sei se entendi tudo. Acho que terei que ler mais uma três vezes para absorver toda a trama, hahaha. Mas a genialidade de Inio Asano está nisso: em fazer a gente enxergar o óbvio por meio de histórias não-óbvias.
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No Brasil, o mangá foi publicado pela Editora JBC.