Não sou o tipo de pessoa que ama história de terror e suspense. Quando se trata de filmes, eu passo longe mesmo. Mas, quando é mangá, eu busco dar um pouco de crédito, já que eu amo a arte desses japoneses maravilhosos e que eles sabem escrever coisas medonhas como ninguém. Mesmo não gostando de suspense, adoro histórias psicológicas e um pouco assustadoras, assim como o querido Ousama Game, ou, no Brasil, Jogo do Rei.
Você começa lendo o mangá e achando que está em alguma versão de Mirai Nikki ou de qualquer coisa que envolva mensagens no celular e etc. Os alunos de uma classe de uma escola (pra variar um pouquinho) recebem, ao mesmo tempo, uma mensagem em seus celulares com as regras do “Jogo do Rei”. Em seguida, vem a primeira ordem do rei: que dois alunos da classe se beijassem. Sem saber exatamente do que se trata o jogo e entrando na onda de brincadeira, os colegas estimulam os dois a darem o beijo e depois, como não sabiam o que estava acontecendo, começam a tentar descobrir quem é a origem das mensagens.
No dia seguinte, o rei manda mais uma mensagem e os estudantes começam a se perguntar o que está acontecendo e quem seria o autor dessas brincadeiras. Mas, ficam rindo, sem levar muito a sério. Até que, ao descumprirem uma das ordens do rei, dois estudantes não aprecem mais na escola. É aí que o personagem principal, Nobuaki Kanazawa (que é o mesmo nome do autor, medo!), decide levar mais a sério as regras do jogo do rei e diz aos colegas que ele é real, mesmo que pareça impossível e estranho.
Na primeira mensagem, o tal rei define as seguintes regras:
1 – Todo mundo da classe tem que participar
2 – Obedeça ao comando enviado pelo Ousama dentro de 24 horas
3 – Se você não obdecer, será punido
4 – É proibido abandonar o jogo do rei.
Junto com seu melhor amigo, Hashimoto Naoya, e sua namorada, Honda Chiemi, Nobuaki tenta convencer aos colegas sobre a participação e cumprimento das ordens do rei, para que ninguém mais sofra as consequências. Mas as pessoas não param de ser punidas, nem tentando fazer tudo corretamente. É aí que começa uma busca pela identidade do ousama e para parar de vez com a violência e o pavor que se instalam na turma B.
Além de ter uma história muito boa, que te faz querer devorar o mangá rapidinho, Ousama Game tem um traço lindo, parecidíssimo com o do Takeshi Obata, até mesmo nos momentos sangrentos e medonhos, a gente fica admirado com a beleza dos desenhos. Os personagens são muitos, o que faz com que a gente se perca um pouco em determinadas ordens do rei, mas, em geral, a trama é boa, os conflitos e o clímax são muito interessantes. Muita gente critica o final, quando descobrem que é o rei, mas eu não achei tão ruim, imagino que não poderia haver explicação melhor e plausível, já que acontecem tantas punições e eventos sobrenaturais. Enfim, está mais do que recomendado, principalmente pra quem gostou de Another e histórias de battle royales, haha.
Corram para os links!
Mangá Online:
Não há anime, mas ele é pequeno, dá pra ler rapidinho.
No Brasil, o mangá foi lançado pela Editora JBC.
Ousama Game
